segunda-feira, 14 de julho de 2008

Traças...

Acho que consegui um recorde absolutamente novo: criar traças sem nem ao menos tirar do plastiquinho ou cortar a faixa inaugural.

É como se eu fosse um caracol tentando se encaixar na concha nova. Amava tanto meu antigo blog, que como que pega uma gripe sem saber de onde, consegui desamá-lo com uma facilidade voraz. E acho que de tão faminta que a tal voracidade estava, levou junto minha vontade de escrever.
Ok, corrigindo, não fui abandonada pela minha vontade. Ela sim é fiel. Firme, forte, sempre presente. Só me tornei órfã da habilidade de preencher linhas com letrinhas que juntas fazem sentido. Tornei-me estrangeira no meu próprio mundo criado. Muda. Pior que muda, muda e sem mãozinhas pra fazer mímica.
E com essa mesma falta de nexo pra tal desaprendizado, veio uma vontade louca de escrever. Com ou sem sentido. Só estrear o meu já quase finado blog - que eu até havia me esquecido de ter criado.
Talvez essa amnésia quase seletiva seja devido a pressão psicológica que o primeiro post causa. É como a primeira palavra de um bebê. É um tal de 'mã-ãããããã-mããã-ieê', 'pááááá-paaaah-i', 'ààààà-bahhhhh-kaaaa-tih' (?), na cabeça do tadinho que traumatiza e o povo ainda diz não saber porque tem criança que só começa a falar com 3 anos de idade. Vai que erra, aí emudece. Devo estar com medo de soltar a primeira palavra, de ser errada, de ter perdido o tino, e assim, muda [e sem mãozinhas] vou seguindo.

3 comentários:

F. Schuler disse...

Acredite em mim. Tem coisas que a senhorita não perde.

Vinicius Jarina disse...

O pior mudo é aquele que não quer falar...

Botter disse...

hauhauhauhauhauaa, eu precisava colocar meu nome aki! - Interna

Acho que até eu fico com rinite com tanto pó!